Beijo voraz
A língua trava um duelo sem vencedor
Toque sem carinho
Imerso em um abismo onde só há o desvalor
De um vazio envolvimento
Onde nada faz sentido
Após o prazer carnal...
Não há mais o que vivenciar
Há somente o vazio
Muralhas...
Por onde anda os sentimentos?
Por onde anda o cuidado?
A palavra “se importa” perde o seu significante
Se tornam apenas palavras...
Desnudas de sentido
Não há sabor
Somente o odor...
Odor dos instintos...
Meros coadjuvantes de um palco que se chama
Corpo,
Somente... Corpo
Corpo sem alma.
São Gonçalo, 23 de agosto de 2011.
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