O Nada


O nada
Não mais o temo...
Agora o sinto!
Uma lacuna...
Uma profundidade...
Intensa, porém destituída de desejo.
Onde foi parar o desejo?
A pulsão...
Aquela para quem move a vida...
Inebriada de distorções
Sigo
A frente não parece
O caminho não se altera
Paro
Sinto o escorrer da vida como um rio
Um cair sem fim...
Um sentir que nada dá conta
Um nada que desliza em águas sujas
Para uma profundidade que não se acessa...

São Gonçalo, 16 de setembro de 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário