Entranhas do meu Ser...


Dor...
Não sei bem da onde vem...
Esta tristeza que às vezes e só às vezes...
Me consome devagar...
E que se eu deixar...
Toma o meu corpo
A minha vontade
Toma o meu lugar...
Se transforma em sensações análogas,
Ao frio que recolhe...
A falta que esvazia...
A angústia que sufoca...
A dor que dói...
A anestesia que iludi...
Essa tristeza que não tem nome
Não é clara...
Não há razão...
Razão é algo que não existe aqui!
Neste espaço  aberto...
Neste lugar onde tudo é nada
E onde sou aonde não sou
A dor pulsa familiar...
É tão íntima que se confundi
Em minhas entranhas...
Se tornando visceral...
Onde o movimento é involuntário
Se perde entre a vontade e o instinto
Entre a razão e a emoção...
Experimento a dor e o alívio
Entre ondas da solidão,
Destas que se vivencia por dentro...
Discorro entre luzes e trevas
O que penso que sou
E o que simplesmente Sou Sendo.



São Gonçalo, 31 de março de 2012.

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