Esses dias transcorrem estranhamente vazios...
Uma angústia que não se define,
E muito menos sei o motivo.
Os anjos adormeceram... E a porta está fechada.
Pessoas são apenas pessoas...
E a esperança morreu no último encontro.
Tudo não é mais nada,
E nada não tem peso pra manter...
Manter o sonho...
Manter a luz acesa...
Enfim, nada é pesado demais...
Que assim, acaba por deixar inerte uma pessoa...
Uma pessoa que não sabe mais quem é,
Ou o que quer...
Uma pessoa que segue destituída de desejos...
Transferindo a culpa...
Deslocando objetos...
E que diante do que se passou e o que ainda pode vir,
Se mantêm próxima a linha tênue da razão e da loucura...
Mantendo o nada... Que pesa... Que veda a passagem...
Do novo... Da luz... Dos sonhos...
Onde está você agora?
Onde a luz se apaga?
Quem pode sentir que ainda há o que sentir?
Os anjos adormeceram... E a porta está fechada.
Do alto ninguém vê a pessoa...
E a pessoa não sabe se de olhos abertos ou fechados
Distingue o real do imaginário...
Porque diante dos seus olhos...
Apenas o nada que angustia
E sua alma clama tudo que parece nunca ter...
E que não sabe mais se pode existir
Os anjos adormeceram... E a porta está fechada.
São Gonçalo, 02 de outubro de 2011.
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