Estranha circulação
Em minhas veias corria um sangue quente...
Num fluxo sereno em temperatura estável...
Com o tempo, a vida me injetou aos poucos areia e gelo...
Sim...
Com o tempo meu fluxo sanguíneo descompassou meu coração...
Num ritmo gélido, assustadoramente mórbido.
Ele se alterou...
Até que a vida com suas surpresas poéticas
Injetou-me fogo!
Que derreteu o gelo que estava em minhas veias e
Aos poucos vem dissolvendo as areias...
Esquentando o meu sangue,
Esquentando o meu corpo
Que antes frio suava.
Um suor tenebroso.
Agora o fogo!
Fogo que aquece de dentro para fora.
Que em momentos parece arder...
Porem não a queimar agora.
Fogo esse que traz algo perdido...
De um ontem já esquecido,
Ou algo nunca tido...
Faz percebido.
Transcorrendo em minhas veias
Não mais gelo e areias
Mas sim algum componente que ainda não sei definir,
Porém aquece e faz meu coração entrar num ritmo novo.
Que me faz sentir... Sentir... Sentir... Sentir...
São Gonçalo, 13 de outubro de 2009, Beatriz Peixoto.
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